Vinho e pizza: harmonize com a mão na massa!

Vinho e pizza: harmonize com a mão na massa!

Aprenda a fazer uma fácil e deliciosa receita de pizza e também a harmonizar diferentes vinhos com diferentes coberturas.

É possível harmonizarmos vinhos com praticamente todos os tipos de comida. Com pizza, então, nem se fala. O fast-food mais famoso e amado do mundo encontra combinações deliciosas quando harmonizado com o vinho correto.

Um pouco de história... da pizza

Mais que italiana, inegavelmente napolitana. A pizza que mais se assemelha àquelas que conhecemos hoje surge em Napoli, na Itália, no século XIX, onde molho de tomate e queijo foram adicionados à massa-base de focaccia. A um pizzaiolo napolitano chamado Raffaele Esposito é creditada a invenção da pizza Margherita, uma homenagem a então rainha Margherita de Savoia. Seus ingredientes, molho de tomate, mozzarella e folhas de manjericão, fazia alusão à bandeira da Itália e por isso a agradava tanto – além, claro, de ser deliciosa.

Até o final dos anos 1950, a pizza era praticamente restrita a Napoli e algumas cidades do Sul da Italia, e muito pouco difundida no resto do país e mundo. Com a globalização, industrialização e a imigração italiana, sobretudo para a América do Norte, o prato se espalha e o sucesso é praticamente imediato.

Como fazer pizza em casa

Além de deliciosa, a pizza alcançou o sucesso que tem por ser fácil de fazer, transportar e de comer. Seus ingredientes básicos, farinha, água, molho e queijo, são facilmente encontrados, e a receita é muito simples de reproduzir mesmo em casa. Vamos fazer?

Massa da pizza: farinha, água e pouco mais

Fazer a massa da pizza é muito simples. Precisamos de farinha, água, fermento, azeite de oliva e sal. Nada mais. Ah, e um pouco de força para sovar e paciência para crescer. Pronto!

Uma receita muito simples e certeira é a que o Mario Portella, jornalista e cozinheiro, postou em seu instagram há um tempo. É uma massa adaptada à casa das pessoas, pois cresce rápido, em cerca de duas horas, e assa em fornos caseiros, que são menos quentes que os industriais e muito menos que os fornos à lenha. A quantidade a seguir dá para duas pizzas retangulares de aproximadamente 50x30cm ou três redondas de mais ou menos 35cm.

Ingredientes

625g farinha de trigo comum

400ml água morna

11g de fermento biológico seco

4g sal

62ml azeite de oliva

Método

Misture o fermento com a farinha. Adicione quase toda a água, o azeite e comece a misturar. Assim que estiver secando, passe para uma superfície plana e comece a sovar a massa. Amasse até que esteja lisa e elástica, o que vai tomar cerca de 10 minutos – adicione o sal na metade deste tempo. O resultado final que queremos é uma massa macia, que esteja no limite de ser pegajosa.

Se estiver muito dura, use mais água. Se muito pegajosa, conserte com mais farinha. Dá para sovar a massa em uma panificadora caseira ou batedeira planetária com gancho, o que reduz bastante o esforço.

Após sovada, faça uma bolinha, coloque em um bowl coberto com filme plástico e leve para fermentar até dobrar de tamanho, o que demora de uma hora e meia a duas. O interior de um forno desligado, só com a lâmpada acesa, é perfeito.

Passado o tempo, é hora de abrir a massa. Enfarinhe bem uma superfície e abra com as mãos ou com o rolo o mais rápido possível. Evite dobrar a massa e cuide para que fique toda com uma espessura parecida. Agora, pré-aqueça o forno a 200ºC para fazer a pré-pizza.

Pré-pizza: antes da cobertura, hora de assar

A massa caseira tem menos água e mais farinha que a do restaurante e vai demorar mais para assar, além do forno de casa ter temperatura mais baixa. Por isso, é preciso fazer uma pré-pizza, assando ela com o molho de tomate antes de colocar a cobertura.

O molho é bastante simples. A maneira mais fácil é usar passata de tomate pronta ou tomate pelati triturado no liquidificador ou mixer, ambos com um pouco de sal. E deu! Coloque por cima da massa aberta e pré-asse por cerca de 20 a 25 minutos a 200ºC. A parte de baixo deve ficar levemente dourada. Cuidado para não deixar muito tempo, senão seca e endurece.

Cobertura: forno super quente e seu sabor preferido

Depois de pré-assada, é hora de bombar o forno para finalizar a pizza já com a cobertura. O melhor forno para se ter é um elétrico, onde tanto o calor de baixo quanto a resistência superior devem ser ligados no máximo, por 20 minutos, para assar a pizza o mais rápido possível. É o mais perto que chegaremos de um forno profissional, já que a nossa massa já está pré-cozida e o que queremos, agora, é apenas acabar o processo.

Cubra com o que achar interessante. Queijo vai por cima do molho e, em cima do queijo, depende do gosto. Pode ser calabresa com cebola fininha, aliche com tomate, tomate-seco com rúcula... Você decide!

Importante: não coloque os verdes, como rúcula e manjericão, no forno, pois vão ficar murchos, escuros e com gosto ruim. Eles vão por cima da pizza pronta. Ingredientes muito molhados, como abobrinha, devem ser refogados ou salteados antes de serem colocados na pizza, ou acabam “alagando” a cobertura e fazendo com que o queijo não derreta.

5 harmonizações clássicas de pizzas e vinhos

Mais que harmonizar, pizzas e vinhos se completam! Em geral, os tintos se saem melhor que os brancos aqui, pois a influência do molho de tomate, com sua acidez e sabor frutado, é decisiva. Claro, brancos, rosados e espumantes também harmonizam bem. Confira 5 clássicas harmonizações de pizza e vinho:

1- Calabresa e Cabernet Sauvignon

A pizza calabresa é uma das preferidas do fanático por pizza. Para combinar com a gordura e gosto pronunciado do embutido, junto à combinação de molho e queijo, um vinho de boa acidez, corpo médio e taninos presentes, como o GO UP Cabernet Sauvignon, é perfeito. No vídeo, a harmonização com o Palavrar Douro DOC, um tinto encorpado e de alto teor alcoólico, não foi perfeita, mas ainda assim ficou muito boa.

2- Rúcula e Tomate Seco com Torrontés

A rúcula, fresca e um tanto amarga, dá o tom da pizza que também leva o ligeiramente gorduroso e rico em sabor tomate seco. Um branco aromático, de notas doces e sem amargor, como o Anko Torrontés, de Salta, é ideal para não aumentar a percepção amarga da salada.

3- Quatro Queijos e Chardonnay

Queijo vezes quatro. Melhor, impossível! Esta mistura super saborosa pede brancos de saborosos, de bom corpo e boa acidez, que consigam equilibrar os sabores das pizzas e também limpar a boca da gordura dos queijos. Um Ritual Chardonnay, com passagem por madeira e ovos de concreto, tem as características essenciais para esta combinação.

4- Margherita e Rosé estruturado

A simplicidade e frescor da Margherita combinam com um vinho que tenha as mesmas características. O Luna Malbec Rosé é o par perfeito, pois sua acidez moderada e notas aromáticas adocicadas não superam a delicada combinação de ingredientes.

5- Frango com catupiry e espumante

Um sabor brasileiríssimo, o frango com catupiry é cremoso e delicado ao mesmo tempo. Um espumante brut, como o GO UP, é leve e delicado o suficiente para limpar o paladar sem se sobrepor ao gosto da cobertura.

Faça sua pizza, beba seu vinho e divirta-se, sempre lembrando que a melhor harmonização é a sua boca e seu gosto que fazem!

 

 


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