Viagem ao Passado com os vinhos da Finca La Anita

Viagem ao Passado com os vinhos da Finca La Anita

A vinícola argentina contou sua história em uma degustação que uniu passado e presente

“Pioneers in creating wine legends” ou Pioneiros na criação de lendas do vinho é o que se lê nos rótulos dos vinhos de Finca La Anita. Modéstia à parte, a escrita não está nem um pouco errada. Finca La Anita foi uma das primeiras a se estabelecer, na Argentina, como modelo na produção de vinhos de alta gama e em pequenas quantidades. E tudo isso graças a Manuel Mas, um mendoncino visionário. 

Manuel contou, direto de Buenos Aires, sua história para quase quarenta jornalistas e especialistas em vinho em um zoom promovido pela Total Vinhos, TDP Wines e com a coordenação da CH2A Comunicação. Além dele, participaram Soledad Vargas, enóloga-chefe da casa há mais de dez anos e Richard Bonvin, enólogo e atual diretor e proprietário da vinícola argentina. 

Retorno a Mendoza e início de um sonho

Manuel Mas abriu o encontro virtual falando sobre histórias que se fundem: a dele, da Finca La Anita e do vinho argentino. Engenheiro que saiu cedo de Mendoza para viver na Europa e que estabeleceu-se em Buenos Aires, Manuel manteve sempre viva a ideia de voltar à sua Mendoza natal e poder ajudar no desenvolvimento da região. 

Na Europa, teve contato pela primeira vez com a modernização do tradicional mundo vinícola, em especial com o surgimento das pequenas vinícolas espanholas e das fazendas vinícolas italianas. Em contraste, o vinho argentino ainda estava, nos anos de 1970 e 80, baseado em uma grande produção de vinhos que se dividiam genericamente em tintos e brancos, sem denominação de castas. 

Querer mais e querer diferente

No início dos anos 1990, Manuel dá início ao seu plano e compra uma propriedade em Luján de Cuyo, Agrelo, aos pés da Cordilheira andina. “Muito bonita”, em suas palavras, a então Finca La Colonia, que tinha este nome por servir um pouco como colônia de férias aos moradores locais e cuja grande caixa d’água fazia vezes de piscina, também estava muito degradada, e foi necessário muito trabalho e investimento. 

Manuel investe no local e dá o nome de Anita, o mesmo de sua mãe. Fiel ao seu pensamento de fazer vinhos ao estilo que vira na Europa e também nas pequenas propriedades americanas, equipa sua nova vinícola com o que de melhor existia em tecnologia para a elaboração de vinhos, planta novas variedades de uvas e sai em busca de mercado para seus vinhos. Assim surge Finca La Anita. 

Vinhos antigos, um testemunho do compromisso com a qualidade

Soledad Vargas, enóloga-chefe, apresentou três vinhos antigos que foram degustados junto aos convidados: um branco Tocai Friulano de 2010, um Malbec de 2001 e um Linea Tonel de 2000, corte de Malbec com Syrah, a casta-símbolo da Finca, cujas videiras são quase centenárias. 

Soledad, que participou da produção do Tocai e do fracionamento do tinto Tonel, comentou sobre a longevidade dos vinhos da Finca, que sempre foram elaborados de modo a priorizar fruta e equilíbrio do uso da madeira em detrimento dos tintos muito carregados que fizeram, e ainda fazem, parte da produção vinícola local. 

A enóloga argentina comentou também sobre o fato de todas as uvas utilizadas pela Finca La Anita são próprias, plantadas na propriedade da Calle Cobos que é limítrofe a outras grandes marcas locais como Catena Zapata e Cobos. 

Os três vinhos surpreenderam positivamente os convidados, em especial por ainda demonstrarem um frescor que não seria o esperado entre vinhos daquela idade. 

O presente com a mesma qualidade do passsado

Após os vinhos antigos, a vez dos novos. Apresentados direto da Suíça pelo enólogo suíço Richard Bonvin, atual proprietário da Finca, os vinhos Petit Verdot, Malbec, Gran Corte e Varùa comprovam a qualidade e, acima de tudo, elegância dos vinhos elaborados pela vinícola. 

Richard destacou a continuidade do trabalho iniciado por Mas na década de 90, em especial pelo compromisso com a produção limitada e de controle total da vinícola. Nunca a Finca La Anita elaborou mais de 100 mil garrafas. Alguns vinhos, como o excelente Petit Verdot, são vendidos em apenas três países, inclusive no Brasil, não só por escolha da empresa mas também pela impossibilidade de atender a mais mercados. 

O suíço também destacou a preocupação da empresa com a sustentabilidade. Segundo ele, todos os vinhedos estão em fase final de conversão orgânica, o que exige muito mais cuidado na fase de crescimento e amadurecimento mas garante uma qualidade superior das uvas. 

Vinhos frescos, elegantes e de futuro

Os convidados, como os jornalistas Didú Russo, Deise Novakoski e os Sommeliers Diego Arrebola e Cecília Aldaz, foram unânimes em destacar a qualidade dos vinhos e a surpresa com um estilo argentino mais fresco e frutado. Este estilo, aliás, é o que busca a Total Vinhos quando compra e seleciona seus produtos, além do compromisso com a sustentabilidade, como destacou o CEO e enólogo Tiago Dal Pizzol em sua fala de encerramento. 

Confira aqui os vinhos da Finca La Anita e prove você mesmo a qualidade sobre a qual todos comentaram.

 


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